UM PROGRAMA DE PREMIAÇÕES NUNCA VISTO NO FISICULTURISMO - Prt 1-4
Julho / 2024
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INTRODUÇÃO
É julho de 2024, e tenho a alegria de elaborar o que será, na minha concepção, um dos mais importantes feitos na condição de Diretor Técnico-Científico da Confederação BRAFF.
O programa de premiações (monitoramento), que será detalhado na sequência de matérias, proporcionará condições para que no futuro seja alterado o fragilizado quadro do fisiculturismo. Contudo, para a real compreensão da nossa proposta, é importante que antes sejam abordados determinados temas.
É PRECISO ENTENDER DOS VALORES QUE EXISTEM NO ALTO RENDIMENTO, DA TÃO POLÊMICA IMAGEM “POLÍTICAMENTE CORRETA”, E DA NECESSIDADE DE UM SISTEMA ESPECÍFICO DE CONTROLE
Semelhantemente àqueles predispostos para a carreira militar, os atletas do alto rendimento estão dispostos a sacrificar até a vida em prol do resultado, para representar a nação, sendo essa uma particularidade comum no meio (por conta dessa e de outras características é que se torna inviável considerar a classe nas mesmas condições daqueles que se encontram mergulhados no alcoolismo, tabagismo ou qualquer tipo degradante de dependência química).
Há uma pesquisa realizada pelo médico Bob Goldman com 198 atletas de alto nível (a maioria deles olímpicos), que obteve um surpreendente resultado. Um dos questionamentos foi “É-lhe oferecida uma substância proibida para melhorar o desempenho com duas garantias, você não será pego e vencerá todas as competições em que participar durante cinco anos, mas depois morrerá em consequência dos abusos dessa substância. Você aceitaria? ”. No resultado, apesar de ser comum em certas modalidades não comentar os bastidores sombrios, mais da metade dos participantes responderam que sim (GRANDA, 2009).
Deste modo, entendemos que uma condição sem que haja responsabilidade legal (direcionada cobrança àqueles que administram todo o mecanismo), em decorrência das próprias características da área, potencializará as chances de desencadear consequências desastrosas, e “comprometerá”, não só a integridade física do atleta, mas a “REPUTAÇÃO” da equipe técnica
Contudo, enquanto o atleta está disposto a sacrificar a vida em prol do resultado, qual seria o ideal posicionamento da equipe técnica? Na matéria de mar.2021 foi apresentada uma condição em que, ao ter seus atletas comprometidos por doping, um renomado treinador brasileiro assumiu a culpa. Conforme consta na narrativa, diante do maior escândalo de doping no atletismo brasileiro, o referido treinador, além de perder o emprego, passar por problemas familiares, como a morte do pai e divórcio, foi banido do esporte, sacrificou cerca de três décadas em prol do alto rendimento tendo o intuito de amenizar o rigor punitivo para com aqueles que estavam sob sua responsabilidade. Em decorrência desse banimento, uma lacuna foi deixada no atletismo nacional.
Abaixo, um prt da matéria de mar.2021
Fonte: https://braffbr.com/as-consequencias-de-determinadas-declaracoes/
Resumindo o ocorrido: o referido treinador, no mundo politicamente correto, foi exposto ao escárnio. Não obstante, conquistou o respeito dos bastidores do esporte, do mecanismo responsável pelo show, por entreter a população já saturada dos problemas do cotidiano com as mais incríveis performances desportivas.
Tratando de casos extremos, conforme alguns noticiários, na ditadura russa, caso ocorra incidente (dependendo da proporção), por lei, enquanto os atletas são poupados, os treinadores e médicos do esporte serão penalizados, podendo cumprir pena de até 2 anos de prisão e 4 anos sem exercer a profissão (GLOBO, 2017).
TODO ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO ESTÁ SUJEITO A RISCOS
Apesar de a maior parte da população comum que acompanha os torneios não ter ciência da exposição orgânica, é óbvio, para os profissionais do desporto, que o alto rendimento expõe o desportista ao extremo do estresse orgânico, havendo certo risco, incluindo risco de vida.
Existem inúmeros exemplos de modalidades que poderiam ilustrar este subtópico, porém escolhi a modalidade F1, na qual os pilotos abraçam uma carreira que, em certas condições, não admite erro.
No decorrer da história da fórmula 1, inúmeros incidentes ocorreram, porém, é sabido que, após os acontecimentos de 1994 em Ímola, relevantes modificações foram realizadas a fim de reduzir riscos, sendo que, enquanto muitas dessas manobras foram programadas, outras foram realizadas após outros incidentes, que inclusive as justificaram, e, assim, a referida modalidade conseguiu reduzir satisfatoriamente os acontecimentos fatais.
Resumindo, enquanto há pilotos capazes de sacrificar a vida em prol do resultado, há toda uma equipe multiprofissional, favorecida pela tecnologia, empenhada a reduzir riscos e, obviamente, a potencializar as performances.
A AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA NOS EUA PRODUZ UMA CONSEQUÊNCIA DESASTROSA NO FISICULTURISMO, ENQUANTO O BRASIL É O UNICO PAÍS NO MUNDO, HOJE, CAPAZ DE PROMOVER O NOSSO PROGRAMA
Ao avaliar relevantes posicionamentos das referências do fisiculturismo americano, tanto de épocas passadas quanto de tempos relativamente recentes, é inegável que, devido à ausência de um sistema de controle específico (de cobrança), tornou-se possível, além da proliferação da “clandestinidade” (vale lembrar que o alto rendimento é informal, mas o que ocorre nesse esporte americano é inaceitável), que muitas daquelas comunidades viessem a insistir na opção de manter a modalidade restrita, paralela às demais práticas desportivas.
O manter essa escolha desencadeou circunstâncias avassaladoras, sendo que, diante do progresso dos meios desportivos de comunicação, a popularidade da modalidade ficou bastante comprometida, levando em conta que há suspeitas de que “algumas” mortes sejam decorrentes da ausência do sistema de controle, que favorece, até pela impunidade, certos abusos, visando APENAS aos resultados.
Doravante, no Brasil, há todo um sistema que regulamenta as profissões envolvidas com o alto rendimento desportivo, proporcionando não só o surpreendente funcionamento de um complexo sistema de ensino superior, mas também que exista cobrança, alcançando até o comportamento daquele agente por meio de diretrizes éticas.
Deste modo, subentende-se, por existir formalmente uma equipe técnica, regulamentada pelos seus respectivos conselhos de classe, que o Brasil possui total condições, bem como seja o primeiro país a elaborar (já temos o pré-projeto) e aplicar substanciais (somos cientes das sutis e esquecidas tentativas do passado) manobras que reduzem riscos nesse esporte.
O NOSSO PROGRAMA DE MONIORAMENTO NO FISICULTURISMO
Favorecido por uma conjuntura que é única no mundo, o PROGRAMA DE MONITORAMENTO não será mais uma sequência de rotineiras premiações desse esporte (tradicionalmente, as premiações destinadas aos coaches se resumem à quantidade de títulos). Trata-se de uma manobra desafiadora/audaciosa, pois, para a sua promoção, é necessário que haja apreciação de consideráveis exigências que hoje apenas fazem parte do nosso imaginário.
O programa será fracionado em três premiações, sendo a 1ª denominada “as atletas que possuem a equipe técnica mais qualificada“, a qual reconhecerá aquelas atletas que priorizam um acompanhamento altamente especializado, sob o rigor dos sistemas de controle; a 2ª premiação, denominada “os melhores manipuladores de variáveis“, exigirá perícia de toda equipe técnica, ao ser capaz (por meio do software) de identificar se há concordância entre desempenhos e as “esperadas” respostas orgânicas durante a periodização. A 3ª, chamada “o melhor organismo pós-período competitivo“, não só envolverá marketing, mas também importantes parcerias, e selecionará bons arquétipos da velha guarda, tendo em vista uma das etapas do processo de monitoramento.
Vale destacar que, ao considerar a delicada condição desse esporte — que envolve, dos tradicionais e polêmicos posicionamentos aos sistemas clandestinos — determinados objetivos serão alcançados por meio de estratégias que driblam essas adversidades
UM OBJETIVO ESTRATEGICAMENTE ALCANÇADO
Obviamente, a nossa vontade seria que todas aquelas que competem pela BRAFF tenham o suporte de uma equipe devidamente qualificada. Porém, impor se tornaria deselegante…. Portanto, o nosso programa também alcança esse desígnio sem a necessidade de apelar, tendo em vista as exigências para conquistar o topo da 1ª premiação.
No próximo subtópico prefaciaremos um dos 7 recursos do programa, os Questionários (da 2ª e 3ª premiação), destinados a atleta e todo setor técnico, geralmente composto por treinador (Profissional de Educação Física), Nutricionista, Fisioterapeuta, Endocrinologista, Cardiologista e Psicólogo (com especialização em psicologia desportiva e áreas correlacionadas*).
*A pós em bodybuilding coach alcança todos os membros da equipe técnica.
OS QUESTIONÁRIOS
Os Questionários são compostos por 100 alternativas (específicas para a própria atleta e cada setor técnico), e abordam, desde o identificar princípios profissionais e éticos, às alterações orgânicas “decorrentes” da manipulação farmacológica respaldada pelo médico especialista (endocrinologista), e que, fatalmente, também atingem, exigem perícia das atuações paralelas OU VICE-VERSA
BENEFÍCIOS A CURTO E LONGO PRAZO
Abaixo uma sequência dos benefícios de uma só das ferramentas, que serão alcançados
A CURTO PRAZO
1 – capaz de identificar falha ou harmonia entre dois extremos: o processo de iniciação desportiva e o alto rendimento
2 – identificar o nível dos recursos disponíveis pela equipe técnica
3 – tornar público um mecanismo (o software que será fundamental na aplicação de todo programa já foi testado e considerado apto) que possa catalogar as boas respostas orgânicas (obtidas pelo histórico laboratorial e relevantes estratégias entre as alternativas) em virtude de uma articulação multiprofissional potencializada, solucionando as atuais deficiências de interação.
4 – verificar a concordância entre o modo operante das equipes técnicas (incluirá vídeos estrategicamente produzidos com depoimentos dos envolvidos) e o único sistema de pós-graduações voltadas para o fisiculturismo no mundo.
5 – será capaz de identificar se, nas estratégias utilizadas para desvencilhar dos obstáculos em determinadas fases, há alguma minúcia que deve ser explorada
6 – identificar aberrações genéticas que devam ser melhor monitoradas
7 – que não só sejam priorizadas as tradicionais performances
A LONGO PRAZO
1 – que condições orgânicas inadequadas não sejam frequentes
2 – que, entre as exigências que predominam nas comunidades do fisiculturismo, venha a ser priorizado o avanço tecnológico
3 – tendo adequadas condições, finalmente ocorra a sólida parceria com o robusto sistema acadêmico
4 – que o operacional tenha a influência do sistema acadêmico, ou, melhor dizendo, seja esse sistema
5 – Ao tratar das lacunas e equívocos característicos (teremos um subtópico exclusivo para esse tema) do empirismo, encontre soluções para os desafiadores mistérios das respostas orgânicas nesse esporte
6 – utilizando de um detalhado acervo, venha a definir melhor o perfil ideal para certas categorias
7 – que nesse esporte um bom controle das variáveis seja tão relevante quanto os títulos.
IMPORTANTES ETAPAS ALCANÇADAS COM SIMPLES ALTERNATIVAS
Apesar de que, para a compreensão da maior parte da estrutura serem exigidos técnicos especializados, algumas alternativas são de fácil entendimento e fundamentais ao alcance de certas etapas. Um dos exemplos (1º dos benefícios a curto prazo) é que será possível indicar provável falha do sistema de iniciação desportiva, levando em conta que, logo na triagem, é possível indicar um candidato a mal súbito durante as práticas desportivas, e, obviamente, não compatível para o alto rendimento. A tecnologia disponível também pode identificar outras possíveis conclusões, como a de que, devido ao sistema ter sido capaz de indicar incompatibilidade para o desporto competitivo, tratar-se de um caso de inconsequência (por parte da própria desportista).
Obs.: Há algumas curiosidades nessa introdução: ESTRATEGICAMENTE NÃO FORAM MENCIONADOS OS TEMIDOS “EFEITOS COLATERAIS”. Por que será? Nas futuras abordagem elucidaremos.
O MAIS COMPLEXO ESPORTE DO ALTO RENDIMENTO
O tênis de mesa é considerado o 2o esporte mais inteligente que existe, sendo o xadrez o que mais exige do cognitivo (pelas complexas manobras). Outras modalidades (também devido a certas complexidades), se comparam ao jogo, como o jiu-jitsu brasileiro, considerado “xadrez de corpo”. Porém, ao ter a possibilidade de observar, catalogar e monitorar as manobras realizadas no fisiculturismo, frente à complexidade de se compreender o funcionamento orgânico, e com intuito de priorizar o alcance de uma vida longeva (um quadro “relativamente” seguro pós período competitivo), acredito que o fisiculturismo alcançará o topo de toda essa lista.
O QUE ESTÁ POR VIR
Na 2a matéria, trataremos de toda a estruturação do programa, seus 7 recursos (um deles, os questionários, foi prefaciado neste paper) e o modo como serão aplicados, as etapas a que atletas e equipes técnicas se submeterão para alcançar os topos das inéditas premiações. No terceiro paper, serão abordados os registros históricos que nos levaram a elaborar o programa. Também anteciparemos as suas próprias deficiências e as dificuldades de aplicação, bem como os meios de se desvencilhar delas. E no último paper (o 4o), todas as expectativas serão apresentadas e serão disponibilizados os links para realização dos downloads (entre o material cedido gratuitamente, há um software que proporcionará a aplicação dos questionários e relatórios).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De modo contrário ao paper de dezembro de 2020 — em que publicamos a realização do projeto, testado e considerado aprovado (sendo disponibilizado até o protótipo) — a recente manobra deixa claro que apresentamos um esboço (um comunicado público — não interno — do que está por vir, para preparar nossos coaches), antes mesmo da sua aplicação formal. Estamos confiantes que, devido a toda a estrutura do programa já se encontrar finalizada, seremos pioneiros na sua aplicação, na realização de manobras que potencializem as chances da conquista de um quadro com maior segurança, bem como possam finalmente projetar esse esporte na sua merecida condição de destaque.
Abaixo, prt do paper de dezembro
REFERÊNCIAS
GRANDA, M. Cuba in the world’s tough battle for drug-free sport. MEDICC review, v. 11, n. 2, p. 6-8, 2009. Disponível em: <https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumenI.cgi?IDARTICULO=62349>. Acesso em: 01 jul. 2024.
GLOBO. Terceira reportagem da série especial sobre a Rússia fala de doping. Jornal Nacional, Rio de Janeiro, 14 jun. 2017. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/5940904/>. Acesso em: 01 jul. 2024.
Thiago Batista Campos de Sousa
Faculdades Integradas de Patos (FIP) – Patos/PB
Diretor Técnico-Científico da Federação Paraibana de Culturismo, Musculação e Fitness (FPCM-F) – João Pessoa/PB
Diretor Técnico-Científico da Confederação Brasil Fisiculturismo e Fitness (BRAFF) – Rio de Janeiro/RJ