Março / 2023
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ANÁLISE MORFOLÓGICA E GENÉTICA – PART 3-4 – UMA PLANILHA QUE PROPICIA DETERMINADA ESTRATÉGIA DE COMBINAÇÕES PARA DESVENCILHAR-SE DE DETERMINADAS LIMITAÇÕES
No 2º paper disponibilizamos tanto os recursos tecnicistas quanto tecnológicos para a aplicação do somatotipo, aos quais, devido a ser este uma importante ferramenta para a compreensão da morfologia humana, foram dedicadas três matérias, incluindo uma planilha, disponibilizada gratuitamente em 2020, e que contém uma pasta que trata do recurso, mas esteve oculta até a publicação do paper anterior. Contudo, pode ocorrer que pessoas com morfologias nitidamente divergentes tenham somatotipos estatisticamente semelhantes, sendo este o efeito de os cálculos que constituem o somatotipo não utilizarem as variáveis que as diferenciam.
No parágrafo anterior apresentamos uma conjuntura decorrente de uma das limitações do somatotipo, sendo que o objetivo do atual paper é justamente apresentar um recurso que favoreça a análise das combinações ideais diante das deficiências de métodos e em cada caso tratado. Portanto esse fim será alcançado na página 2 da pasta PMAa, a qual contém um repertório de dados com classificações (em breve, num próximo paper, trataremos minuciosamente a respeito dos protocolos, das referências utilizadas e das estratégias de combinações), e que ainda possibilita a comparação com uma modelo de referência.
Prt 1 – Página 2 da PMAa (dependendo da versão do excel, pode ser convertida para PDF)
Fonte: https://braffbr.com/um-brinde-a-todos-aqueles-que-verdadeiramente-amam-o-esporte/
Nos seguintes tópicos e subtópicos detalharemos a nossa proposta
A PROPOSTA
Composta pela coleta de 77 dados, nossa proposta se encontra na planilha que participou da mais completa e bem-sucedida manobra antropométrica já realizada no fisiculturismo. A coleta é fracionada em 6 categorias, sendo 53 dados mutáveis (que proporcionam a análise em seis períodos) e 24 dados imutáveis. Os dados mutáveis (modificáveis) são compostos por 2 dois dados básicos, 25 dados extraídos com adipômetro, 26 dados por meio da trena e paquímetro ósseo grande. Os dados imutáveis compostos, por 2 dados básicos, 11 dados da categoria alturas e comprimentos, extraídos com paquímetro ósseo, segmômetro ou antropômetro, e 11 diâmetros extraídos com o parquímetro ósseo pequeno e o grande.
Na única lauda ainda são abordados os resultados e classificações da estrutura óssea, sendo também possível acompanhar a análise com os resultados obtidos da modelo de referência. No bloco da composição corporal é possível estimar o percentual da gordura total e das áreas segmentares em 6 períodos, devido a serem componentes plásticos, modificáveis.
COMPREENDENDO OS RESULTADOS
Na célula HKM262 da pasta “Anotações” há as possibilidades de optar por diversos tipos de análises dos dados. Vale ressaltar que esses resultados são correspondentes às células totais e aos dados da avaliada. Os dados da modelo de referência não se relacionam na análise, servem para serem comparados na própria planilha em que são apresentados com as classificações.
Prt 2 – Destacamos os resultados dos dados NÃO COLETADOS.
Nota: No destaque em vermelho é tratado dos dados obtidos pelo adipômetro (cél HKL264), sendo que, dos 25 dados, foram coletados da avaliada 6 dados (cél HKO264), restando 19 dados (cél HKM264) não coletados.
A partir da cél HKM270 é possível observar os resultados da estrutura óssea e dos componentes plásticos. Por se tratar de uma tabela com todos os dados, não será preciso selecionar o tipo de análise.
Prt 3 – Tabela que contém os resultados da estrutura óssea e condicionamento
Nota: a cél HKV270 apresenta a coluna da opção “NÃO COLETADO”, sendo que 8 dados não foram coletados da estrutura óssea e, apesar de os dados da estatura e altura tronco-cefálica classificarem os índices córmico e esquelético, estes não estão acionados devido à ausência dos dados da modelo, estando acionada a opção “coleta s/classificação (avaliada)” na célula HKS271, constando 3 dados/resultados sem as devidas classificações (incluindo o índice acrômio-ilíaco). O mesmo ocorreu no condicionamento que saldou 1 dado preenchido, porém não classificado devido à ausência do preenchimento dos dados da referência.
ANÁLISE NA PASTA DE DIGITAÇÃO
Apesar de a cél HKM262 não priorizar as análises com os dados da modelo de referência, há possibilidades de avaliá-las, como nas opções “classificações semelhantes” e “classificações divergentes”, que tratam da relação entre as classificações da avaliada e da modelo de referência, sendo que a 1ª análise identifica as variáveis que obtiveram classificações semelhantes, e a 2ª, aquelas que divergiram. Na própria planilha de digitação é possível melhor compreender, pela cor da classificação, essa conjuntura, sendo que quando verde, ocorreu semelhança, e quando vermelho, divergência.
Prt 4 – Planilha de digitação (com as classificações não acionadas devido a ausência de dados)
Prt 5 – Em destaque para o término da coleta de dados (77 dados) e o respaldo do antropometrista, que pode ser substituído na pasta Personalizar
POSSÍVEIS DEFICIÊNCIAS DA NOSSA PROPOSTA
Podemos citar que a antropometria não é capaz de mensurar determinados detalhes morfológicos, a exemplo das surpreendentes curvas nos corpos das atletas wellness, e que as escalas utilizadas na proposta são normativas, sendo o ideal a utilização de escalas prototípicas, com atletas dessa modalidade, o que tornaria as triagens mais restritas.
NO UNIVERSO, PERFEITO SÓ JESUS CRISTO!!!
Entendemos que a antropometria compensa a sua insuficiência de mensurar complexos detalhes morfológicos pelo rico cabedal de análises que possui quando comparado com o dos “avançados” recursos tecnológicos que alcançaram o mercado hoje. Com relação à ausência das escalas prototípicas, podemos considerar que as primeiras pesquisas que melhor exploraram a antropometria em determinadas categorias desse esporte ocorreram há poucos anos, e, pelas circunstancias, foram realizadas com amostras reduzidas.
CONCLUSÃO
A nossa proposta aprimora um recurso que, num período relativamente recente, foi entendido como válido nesse esporte, contrariando os resultados de anos em que foram registradas frustrações e equívocos. Deste modo, até pelos resultados das manobras contemporâneas, observamos o horizonte com entusiasmo, confiantes de que ainda avançaremos em prol desse esporte.
Thiago Batista Campos de Sousa
Faculdades Integradas de Patos (FIP) – Patos/PB
Diretor Técnico-Científico da Federação Paraibana de Culturismo, Musculação e Fitness (FPCM-F) – João Pessoa/PB
Diretor Técnico-Científico da Confederação Brasil Fisiculturismo e Fitness (BRAFF) – Rio de Janeiro/RJ