Fevereiro / 2023
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ANÁLISE MORFOLÓGICA E GENÉTICA – PART 2-4 – A APLICAÇÃO DO SOMATOTIPO, REQUISITOS TÉCNICOS E A AQUISIÇÃO GRATUITA DE UM SOTWARE
Na 1ª matéria foram abordadas as dificuldades iniciais e posteriores avanços com relação ao somatotipo. Neste paper (2ª matéria) será realizada uma manobra inédita, ao se tratar de uma abordagem do recurso, pois, pela primeira vez, uma confederação do fisiculturismo, além de tratar a respeito, disponibilizará, gratuitamente, os recursos tecnicistas e tecnológicos para a sua aplicação.
COMO ADQUIRIR GRATUITAMENTE O SOFTWARE?
Minha primeira aparição pública pela Confederação BRAFF foi no paper “um brinde a todos aqueles que verdadeiramente amam o esporte”, e na matéria é possível realizar o download de uma versão reduzida da minha planilha oficial.
Prt 1 – A matéria que disponibiliza gratuitamente a planilha
Fonte: https://braffbr.com/um-brinde-a-todos-aqueles-que-verdadeiramente-amam-o-esporte/
REEXIBIR A PASTA
A pasta que proporciona uma melhor análise do somatotipo se encontra oculta, sendo necessário reexibi-la, devendo-se posicionar o cursor na barra das pastas, clicar na tecla direita do mouse, escolher “reexibir” (Prt 1) e clicar na “PMAa” (Prt 2).
Abaixo, prts da sequência
Prt 2
Prt 3
A PARTIR DE AGORA, ABORDAREMOS OS TERMOS TÉCNICOS
UMA COLETA EM DUPLICATA OU TRIPLICATA
Conforme foi apresentado no paper de outubro de 2020, há a pasta digitação na planilha de análises antropométricas, e nela é possível estipular a janela de aceitabilidade, sendo que na coleta, caso a variação entre as duas medidas ultrapasse esse limite, uma terceira medida será solicitada.
Prt 4 – Pasta digitação
REPERTÓRIO DE COLETAS
Havendo a consciência da necessidade de que se realizem duas ou três medidas, não consecutivas, mas sequenciais, é importante compreender as variáveis necessárias para acionar a mais utilizada versão do somatotipo, a proposta de Heath-Carter. Devido ao software realizar os cálculos e classificações, evitamos aqui a abordagem dessas estruturas, porém consideraremos que o somatotipo requer a coleta de 10 variáveis, sendo a estatura, a massa total, as dobras cutâneas do tríceps, subescapular, crista-ilíaca e panturrilha, os diâmetros do úmero e fêmur, e os perímetros do braço contraído e perna.
Cinco equipamentos são utilizados na coleta, que são: Estadiômetro, balança mecânica ou digital (Foto 1), adipômetro, paquímetro ósseo pequeno e trena (Foto 2).
Abaixo um registro dos 5 equipamentos utilizados
Foto 1 – Balança (Mecânica)
Foto 2 – Case contendo adipômetro, paquímetro ósseo pequeno e trena. O outro case contém um estadiômetro portátil.
Fonte: Acervo próprio
ABORDAGEM DA TÉCNICA NECESSÁRIA
A seguir trataremos dos protocolos da coleta das dez variáveis para acionar o somatotipo
ESTATURA
Conforme a literatura, estando descalços e os pés juntos, deve-se encostar os calcanhares, glúteos e escápulas na parede e observar o horizonte. Horizontalmente, ajusta-se o ponto tragus do meato acústico externo com a órbita ocular inferior (plano de Frankfurt). Após uma inspiração normal, mede-se a distância entre o vértex da cabeça e a região plantar.
Foto 3 – Posicionando no plano de Frankfurt.
Foto 4 – Estatura mensurada por meio de um estadiômetro portátil
MASSA CORPORAL
Estando a avaliada no centro da plataforma, pernas paralelas e braços relaxados, o avaliador, no caso da balança mecânica, deve se posicionar do lado dos pesos deslizantes, e, quando os ponteiros ou painel eletrônico (balança digital) se estabilizar, realizar a leitura.
Foto 5 – MC
DEMARCAR A DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS
Após pontear o bordo superior do acrônimo e o bordo mais lateral e proximal da cabeça do rádio, marca-se a distância média. Para demarcar a dobra cutânea do tríceps (e mensurar o perímetro do braço relaxado) realiza-se uma leve abdução do ombro no plano frontal, passa-se a trena em volta do braço (tendo como referência a última demarcação), relaxa-se a articulação do ombro, retornando ao posicionamento inicial (NESSE INSTANTE É POSSIVEL MENSURAR O PERÍMETRO DO BRAÇO RELAXADO) e, na região braquial posterior e borda inferior da trena, marca-se uma linha horizontal. Após retirar a trena, tendo como referência o olecrano e o sentido longitudinal do braço, conclui-se com uma linha vertical, cruzando a linha horizontal.
Foto 6 – Mensurando a distância entre o bordo do acrômio e o bordo da cabeça mais proximal do rádio
Foto 7 – Distância média entre o bordo do acrômio e da cabeça do rádio
Foto 8 – Demarcando a linha horizontal na face braquial posterior e borda inferior da trena
Foto 9 – Posicionando o lápis dermatográfico no ponto de referência, o olécrano da ulna e o sentido longitudinal do braço
Foto 10 – A realização da linha vertical, cruzando a horizontal
REALIZAR A DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS
A dobra é pinçada com os dedos polegar e indicador no sentido longitudinal conforme a última marcação, e na borda da penúltima linha, a horizontal. As bordas das hastes do adipômetro são colocadas no mesmo sentido, só que a 1cm da linha horizontal; após liberar as hastes, em cerca de 2-4s, realiza-se a leitura, abrem-se as hastes, retira-se o equipamento e desfaz-se a dobra.
Foto 11 – Mensurando a dobra cutânea do tríceps
DEMARCAR A DOBRA SUBESCAPULAR
Marca-se o ponto de referência no ângulo inferior da escápula, projeta-se a trena a 45° (diagonal externa), e realiza-se um 2º ponto a 2 cm do de referência, uma 1ª linha no sentido perpendicular à trena (sobre o 2º ponto), e, após remover a trena, conclui-se a linha e realiza-se a segunda linha, cruzando a 1ª linha e o 2º ponto.
Foto 12 – Demarcando o ponto de referência, o ângulo inferior da escápula
Foto 13 – Demarcação final, a 2cm do ponto de referência
REALIZAR A DOBRA SUBESCAPULAR
Mantendo o mesmo sentido da segunda linha, obliquamente, realiza-se a dobra, e a leitura, em milímetros, da mesma com o adipômetro.
Foto 14 – Leitura da dobra cutânea subescapular
DEMARCAR A SUPRAILÍACA
Após pontear o bordo superior da crista ilíaca na linha imaginária axilar média, realiza-se a dobra no sentido da crista ilíaca tendo o ideal distanciamento entre o dedo polegar (posicionado no ponto do bordo) e o indicador (para posteriormente facilitar, pode-se demarcar o local do indicador). Estando a dobra formada, realiza-se a marcação na sua porção central.
Foto 15 – Demarcando a cristailíaca
REALIZAR A SUPRAILÍACA
No momento da coleta, realiza-se novamente a dobra e afere-se com o adipômetro.
Foto 16 – Mensuração da dobra cutânea da supra-ilíaca
DEMARCAR A PANTURRILHA
Após passar a trena em volta da perna e encontrar, por tentativa e erro, o plano e maior perímetro, além de mensurar o perímetro da panturrilha, realiza-se, com base no bordo superior da trena, uma linha horizontal na região medial. Tomando como referência o tornozelo, no sentido longitudinal, realiza-se, na face medial, outro traço, cruzando a linha horizontal
Foto 17 – Posicionando a trena
Foto 18 – A demarcação
DC PANTURRILHA
A dobra cutânea é aferida do mesmo modo das demais, sendo que com a perna fletida num ângulo de 90°.
Foto 19 – A realização da dobra, após a demarcação
Foto 20 – A mensuração
AFERIR O DIÂMETRO BIEPICONDILAR DO ÚMERO
A avaliada se posiciona com o braço a 90°, favorecendo a proeminência dos côndilos lateral e medial do úmero. Enquanto o avaliador manuseia o paquímetro com os polegares por dentro das hastes e indicadores por cima, os dedos médios localizarão os pontos anatômicos e, após identificá-los, substituem os dedos médios pelas superfícies de contato do equipamento e realiza-se a leitura, estando o equipamento num ângulo de 30°.
Foto 21 – Aferindo o biepicondilar do úmero
AFERIR O DIÂMETRO BIEPICONDILAR DO FÊMUR
Com a avaliada posicionando-se com o joelho a 90° e o avaliador à frente, identifica-se, com os dedos médios, as áreas mais proeminentes dos epicôndilos lateral e medial do fêmur, substituindo os dedos pelas superfícies da peça do paquímetro (posicionado num ângulo de 45° inferior), e realiza-se a leitura.
Foto 22 – Aferindo o biepicondilar do fêmur
PERÍMETRO DO BRAÇO CONTRAÍDO
Praticamente no mesmo posicionamento usado para aferir o diâmetro biepicôndilar do úmero, o avaliador se posiciona lateralmente, tendo a caixa da trena na mão direita e circunda o braço da avaliada deixando o início da escala de leitura da trena alinhado para baixo. Após a avaliada contrair o braço, com os dedos auxiliares encontra-se a maior medida.
Foto 23 – Mensurando o braço contraído
Obs: A sequência, bem como um melhor ângulo de determinados registros foram desconsiderados devido a um projeto já concluído e que em breve será lançado, que abordará em vídeo os protocolos sendo aplicados com essa população, incluindo o que propicia acompanhar periodicamente o desenvolvimento dos glúteos.
PERÍMETRO DA PANTURRILHA
Mensurada no momento da demarcação da dobra cutânea da panturrilha, em que ajusta a trena no maior perímetro.
UM DOS MEIOS PARA A MELHOR CONCEPÇÃO DO SOMATOTIPO
Conforme foi comentado no 1º paper, a DDS e a DES proporcionam definir se determinados somatotipos são estatisticamente semelhantes, sendo que na pasta PMAa há um bloco que apresenta, em cada avaliação, os resultados e interpretações do DDS e DES.
Prt 5 – O recurso acionado
Prt 6 – O somatocarta.
Obs: No =Cálculos!EN14 permite identificar, pelo DDS, as modalidades desportivas que possuem morfologias semelhantes
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer aos responsáveis pela sessão de fotos que ilustrou esse paper, a Pantera Academia, clube desportivo com cerca de três décadas de existência, localizado no cento histórico de João Pessoa/ Paraíba, e a Desportista Adriana Henrique dos Santos, que em 2022 estreou na cat Wellness sem o uso de fármacos e ainda conquistou o 1º lugar do pódio daquela competição, a I Copa Paraíba realizada pela Federação Paraibana de Culturismo, Musculação e Fitness – FPCM-F.
Abaixo um dos registros da competição.
O QUE ENTENDEMOS COM ESSA MANOBRA
A BRAFF, com esse paper, proporcionou, obviamente favorecida pelo avanço tecnológico, que os seus seguidores usufruam de um dos recursos de análise morfológica mais comentados no fisiculturismo, embora, até a presente data, entendemos que seja, pela nossa convivência, pouco utilizado nessa esfera.
Thiago Batista Campos de Sousa
Faculdades Integradas de Patos (FIP) – Patos/PB
Diretor Técnico-Científico da Federação Paraibana de Culturismo, Musculação e Fitness (FPCM-F) – João Pessoa/PB
Diretor Técnico-Científico da Confederação Brasil Fisiculturismo e Fitness (BRAFF) – Rio de Janeiro/RJ