Agosto / 2023
1 / 1
ENTUSIASMO PELO MECANISMO DE CONTROLE DO SÉQUITO DESPORTIVO VIGENTE NO PAÍS, QUE FATALMENTE PROPICIARÁ AVANÇOS SUBSTANCIAIS NO FISICULTURISMO
Se formos ponderar a origem que desencadeia toda expectativa tratada no artigo de referência (nosso trabalho analisou as alternativas de avanços para o fisiculturismo), esse gênese foi anteriormente abordado com veemência no nosso site. Trata-se da 1ª campanha de conscientização do exercício ilegal da profissão realizada por uma Confederação do Fisiculturismo no Brasil.
DEVEMOS ENTENDER QUE, EM CERTOS PAÍSES DE 1º MUNDO, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, NÃO HÁ QUALQUER COBRANÇA ESPECÍFICA AOS ESTABELECIMENTOS DESPORTIVOS, ENQUANTO NO BRASIL HÁ TODO UM MECANISMO DE QUALIFICAÇÃO, ESPECIALIZAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
É fato que, em determinadas regiões de certos países de 1º mundo, devido ao fato de a profissão de treinador não ser regulamentada e ao favorecimento da assinatura de um termo de responsabilidade, caso aconteça qualquer sinistro com o cliente, será praticamente semelhante a um ocorrido em outro tipo de estabelecimento qualquer, de modo que não haverá maiores cobranças ao clube. Contudo, esses sistemas vigentes em certos países, que não promovem qualquer cobrança específica, já se estabeleceram no Brasil, e, como aqui a profissão é regulamentada, havendo todo um mecanismo que fiscaliza os centros de treinamento, tiveram sim que se “adequar” à legislação vigente, disponibilizando, além de um responsável técnico, de um profissional devidamente qualificado e habilitado para atuar em cada horário, e que inclusive instrui, monitora – a fim de evitar qualquer sinistro (não há aquela condição de terra de ninguém, com todo tipo de show de horrores) – e que obviamente arcará com as consequências caso seja comprovado qualquer tipo de imprudência.
O BRASIL, PELAS CIRCUNSTÂNCIAS ENFRENTADAS, SE TORNOU UM EXEMPLO AOS PAÍSES DE 1º MUNDO QUE NÃO POSSUEM A REGULAMENTAÇÃO DA CLASSE
Para se ter noção da cobrança, seja em qualquer área desportiva, num caso envolvendo a natação, em que ocorreu um procedimento duvidoso por parte do profissional do horário, além de perder o emprego e ser processado pela família (que também processou a academia), o referido profissional foi investigado pelo conselho de classe, ou seja, veio a correr o risco de perder sua CIP (direito de exercer a profissão). Essas circunstâncias, sem dúvidas, diante da complexa realidade vivenciada no Brasil, propiciam maior segurança à população adepta das práticas desportivas.
Abaixo o prt da notícia de que o referido profissional foi demitido
Um prt do noticiário de que o conselho de classe passou a investigar o profissional
EM QUE SE NORTEIAM AQUELES QUE SE POSICIONAM A FAVOR DA DESREGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE TREINADOR NO BRASIL
Vale salientar que aqueles que, utilizando de argumentos não sustentáveis, insistem na desregulamentação da Educação Física com o principal intuito de inibir a fiscalização imposta pelo Conselho de Classe (o que desencadearia circunstâncias inimagináveis para a nossa realidade), se norteiam pela realidade vivenciada em países de 1º mundo, porém desconhecem ou ignoram que, nesses países, pelo fato da inexistência de qualquer mecanismo de controle, não médicos têm manipulado promiscuamente a farmacologia e, assim, desencadeado circunstâncias vergonhosas para o fisiculturismo.
BRASIL X CERTOS PAÍSES “MODELOS”
Em certo país distante da nossa realidade, um dito “treinador” de alto rendimento, ao ser questionado sobre determinado desportista, respondeu: “SE ELE MORRER, EU ENCONTRO OUTRO”. Entendemos que uma circunstância dessa magnitude jamais ocorreria no Brasil com aqueles que alcançaram o título de treinador, que conscientemente se submeteram e foram aprovados em todo processo de qualificação, habilitação (após a graduação, enfrenta-se os processos burocráticos para aquisição da Carteira de Identidade Profissional – CIP) e ESPECIALIZAÇÃO (sendo o Brasil o único país no mundo com a pós em Bodybuilding Coach).
A ESFERA DO ALTO RENDIMENTO REQUER A INTERAÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
É fato que o tão desafiador alto rendimento desportivo requer “profissionalismo”, isto é, CERTA CARGA DE RESPONSABILIDADE. Mesmo que se trate de uma esfera informal, não compartilhada com a população comum, devemos considerar que são manipulados fármacos poderosos, notando-se a ausência, até a presente data, devido à impossibilidade ética, de experimentos consistentes, exigindo assim, pelas circunstancias enfrentadas, habilidade de toda a equipe técnica (geralmente composta por educador físico, nutricionista, endócrino, cardiologista, fisioterapeuta e psicólogo).
Eticamente não posso ir além desse ponto com o tema, e inclusive acredito que até fui longe demais, então encerrarei aqui.
Prt 1 – Histórica campanha de conscientização realizada em 2021 pela BRAFF
Fonte: https://braffbr.com/no-brasil-se-requer-nivel-superior-prt-1/
Prt 2 – Uma das matérias mais polêmicas que já publiquei no site carioca.
Fonte: https://braffbr.com/aqueles-que-desafiam-o-sistema-os-bodes-expiatorios/
Prt 3 – Uma matéria com o tema, destinada à população comum
Fonte: https://braffbr.com/o-exame-antidoping-as-complexidades-do-organismo-e-das-circunstancias/
REFERÊNCIA
DE SOUSA, T.B.C. Qual patamar que já foi alcançado no fisiculturismo brasileiro, suas complexidades, propostas de adaptações e possibilidades de avanços. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 9, p. 61878–61899, 2022. Disponível em: < https://doi.org/10.34117/bjdv8n9-097 >. Acesso em: 01 ago. 2023.
Thiago Batista Campos de Sousa
Faculdades Integradas de Patos (FIP) – Patos/PB
Diretor Técnico-Científico da Federação Paraibana de Culturismo, Musculação e Fitness (FPCM-F) – João Pessoa/PB
Diretor Técnico-Científico da Confederação Brasil Fisiculturismo e Fitness (BRAFF) – Rio de Janeiro/RJ